segunda-feira, 26 de dezembro de 2011




MUNDO DO DESAPEGO

Onde me encontro,
Cultivam-se flores com pétalas de cinzas,
E espinhos que gotejam sangue.
São jardins enegrecidos pelo fumo.
Almas são carregadas por sua fumaça densa.
Almas sofridas, desencarnadas a força, e tiradas do AMOR.
Desvio-me de mãos a me puxar,
Emergindo das terras negras como larva seca,
Pegajosas e infectadas pelo mal.
Avisto um sinal de luz,
Que logo se transforma em uma enorme bola de fogo.
Com um olhar amaldiçoado em seu interior.
Olhar da “Morte”!
Esse me persegue.
Escondo-me entre fendas,
Integro-me a natureza morta.
Lá todos são iguais,
Podres de carne.
Facilmente confundidos com o cenário sem vida.
“ELA” se distrai.
Fujo como um louco de um sanatório.
No desespero, entro em qualquer viela.
Alucinado, só faço pensar abstraindo até VOCÊ.
Tomando-me e libertando desse limbo.
Mostra-me paraísos inimagináveis.
Sensações de dimensões cósmicas.
Excitação da alma (nem sabia que existia).
Sem deixar-me gozar de total prazer,
“ELA” vem e me resgata para minhas verdades.
Volto a viver me esquivando.
Lutando para sobreviver.
No Mundo do Desapego.

                                                                                                               WILLIAM ATAIDE



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