APELO AO AMOR
As desventuras do amor,
Levam-me a demência.
Tirando de mim a razão e consciência,
Deixando apenas um propósito.
Propósito de reconquistar você.
Minhas desventuras se fazem por mim mesmo.
Eu sou o maior culpado.
Culpado porque amo sem noção do ferir.
O amor me consome de tal maneira,
Que me faz criança,
Que diz o que sente sem pensar.
Muitas vezes palavras ditas com negativas emoções,
Imperceptíveis pelo consciente.
Afinal,
Nesses momentos,
Sempre estou tomado pela demência.
Causador disso,
O amor ainda brinca comigo,
Tirando-me você...
Magoando você...
Gostaria de pedir a esse amor uma trégua,
Deixe-me amar sem ofender ou machucar.
Pois machucando quem eu amo,
É o mesmo que mutilar-me a cada ofensa...
Esse é meu apelo.
William Ataide