terça-feira, 20 de dezembro de 2011

CHOUPANA DE SAPÉ



Meu coração virou sua morada.
Estanciar em meu ser dignifica-me.
Caprichosamente, sua parada do repouso é decorada.
Sem luxo, singelo, aconchegante, quente, acolhedor e relaxante.
Seu albergue do prazer.
Este sempre vago.
Esperando por você, ávida por mim.
Espaçosa, o preenche, não deixando espaço nem pra mim.
Às vezes acho que não te comportas tamanha sua presença.
Quando vai embora, deixa tudo desarrumado.
Meu coração despenteado.
Meus sentidos se dispersam me deixam.
Encontro-me, ao anúncio de seu retorno.
Minha morada floresce novamente.
Enche-se de inspiração para sua chegada.
Tendo agora um propósito, uma luz.
Como todo bom recanto, conta com a conspiração das estrelas.
Com o ar das florestas.
Com a maciez das águas.
Com o seu perfume.
Será sempre seu regalo.
Designo-a, CHOUPANA DE SAPÉ.

                                                                                                                                 William Ataide

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